quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Caça ao Haddad: ANEL cara a cara com o ministro

Caça ao Haddad: ANEL cara a cara com o ministro
A ANEL está iniciando uma “Caça ao Haddad”. 


Depois de abordar Lula e Haddad num evento no ABC paulista, a ANEL esteve mais uma vez cara a cara com o ministro da Educação. O Centro Acadêmico XI de agosto, do curso de direito da USP, organizou uma roda de debate com o ministro, que já foi presidente do tradicional CA.


Com seus materiais de divulgação da Campanha Nacional pelos 10% do PIB para a educação, a ANEL esteve presente para cobrar do ministro o investimento. O primeiro estudante a falar foi Daniel Iliescu, atual presidente da UNE. Como era de se esperar, começou parabenizando o ministro pelo excelente trabalho que vem cumprindo, elogiando as políticas educacionais do governo federal e por fim, depois de ressaltar que o Brasil é a 7a economia do mundo e que pode chegar a ser a 5a em pouco tempo, disse que a UNE reivindica os 10% do PIB para a educação e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação. Não mencionaram a marcha do dia 24 de agosto em Brasília, nem a que supostamente estão convocando do dia 31, ou qualquer iniciativa concreta de luta em defesa dessas bandeiras.

Clara Saraiva, da Comissão Executiva Nacional da ANEL, esteve presente com estudantes do coletivo AVANTE, que constrói a ANEL no curso, na roda de debates com o ministro. Interviu na segunda rodada, explicitando a verdadeira necessidade da educação pública brasileira: o investimento imediato de 10% do PIB para a educação. Clara explicou que a implementação do antigo PNE, que se propunha através de 295 metas resolver problemas estruturais da educação, foi um verdadeiro fracasso: 2/3 do Plano não foi cumprido. O motivo? A falta de investimento. O ano de 2011 propõe um novo PNE, e o governo Dilma não propõe nenhuma mudança no patamar de investimento, pelo contrário: prevê 7% do PIB para 2020, o mesmo que foi proposto há 10 anos atrás!

Clara anunciou que a ANEL, junto com o ANDES, o MST, a CSP Conlutas e diversas entidades estarão numa Marcha em Brasília lutando, entre outras coisas, pela ampliação de investimento na educação pública. Lembrou a luta da juventude de todo o mundo, especialmente a do Chile que luta em defesa da educação, e terminou explicitando a contradição do discurso do ministro: “Se é isso que o presidente da UNE falou, se o Brasil é hoje a 7a economia do mundo, se o ministro se orgulha tanto do crescimento econômico que vive o país, como pode o bolo crescer tanto e a fatia da educação não aumentar? O que exigimos, ministro, não é muito. É simplesmente que a educação seja prioridade, nada mais do que uma necessidade da população brasileira.”

Ao fim, entregamos o Manifesto Nacional pelos 10% do PIB ao ministro e ele disse: “Já é a terceira vez que recebo o Manifesto!”. Clara respondeu: “É bom, ministro, pra você não se esquecer”.

Agora, todos à Brasília construir uma grande Marcha Nacional que vá ato o Planalto Central gritando em alto e bom som, numa só voz: “a Educação não pode esperar! 10% do PIB já!”

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