sexta-feira, 13 de abril de 2012

TODO APOIO AS MOBILIZAÇÕES ESTUDANTIS DA UEPA

Há pelo menos dois meses vivemos um episódio pronunciado: a interdição de parte das instalações do Campus da UEPA em Santarém, o popular “prédio azul”. Na tarde desta quinta-feira, dia 12 de abril, mais de 100 estudantes da Universidade do Estado do Pará foram às ruas de Santarém para fazer o primeiro protesto estudantil da história deste campus. O cerne das reivindicações era sobre a atual situação estrutural da instituição, o corte de verbas para a UEPA em todo estado e também a questão dos transportes coletivos que não estão à disposição dos discentes da Universidade, pois como sabemos os problemas ultrapassam os muros da Universidade.
Aproveitando da “presença” da Reitora, Marília Xavier, que sabendo do ato tratou de ir para o campus de Altamira, deixando apenas a pró-reitora de Extensão, Mariane Franco, que leu uma nota da REItoria que não acalmou os ânimos dos discentes, os acadêmicos de todos os cursos – Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Música e Educação Física – deram um grande exemplo de unidade e organização, reivindicando publicamente melhorias nas condições de ensino-aprendizagem da UEPA.
Precisamos entender que estas reivindicações se chocam diretamente com as atuais administrações do Estado. Primeiro com o Governador Simão Jatene (PSDB), que apesar de usar o “Prédio Azul” para sua campanha, demostra um total descaso com os estudantes do campus de Santarém. Logo em seguida, as reivindicações por ônibus para os estudantes que têm a ver com atual gestão municipal. A Prefeita Maria do Carmo (PT), junto dos donos das empresas de transportes, prefere simplesmente esquecer que existem estudantes naquela instituição e não organiza a passagem de transporte coletivo em frente ao campus.
A principal pauta discutida no ato público foi a situação do “Prédio Azul”, interditado pelo Corpo de Bombeiros no dia 17 de fevereiro. Este oferece sérios riscos à segurança dos estudantes, professores e funcionários. Após quase dois meses da interdição, sequer foi iniciada a reforma do prédio, o que gera inúmeros transtornos à comunidade acadêmica. Enquanto isto o governo do estado prefere alugar o espaço de uma instituição privada de ensino superior, que alugou parte da sua estrutura para a UEPA por um preço de R$ 25 mil reais por mês.
Para Divana Maia, estudante do curso de Enfermagem e representante do Centro Acadêmico do curso: "a culpa dos estudantes da UEPA não possuírem a mínima estrutura para realizar suas atividades é da falta repasses do governador do estado, Jatene que é do PSDB e da reitora que foi indicada por ele e que faz uma péssima gestão dos recursos financeiros, que já são poucos. Não podemos permitir que se faça o aluguel de outra estrutura física para nossas aulas ainda mais sendo de uma universidade privada. Esse dinheiro faz falta na Universidade e poderia está sendo investido nela”! Conclui.
Diante de tal situação, os estudantes se concentraram em frente à UEPA a partir das 14h; por volta das 15h, saíram em passeata pelas ruas próximas da Universidade, fechando por alguns minutos pontos de grande tráfego de veículos da cidade. Nas falas, os manifestantes chamavam atenção para a situação da UEPA e para a necessidade de maior atenção do Governador Simão Jatene ao ensino superior em Santarém. A ANEL Santarém esteve - e estará - presente no ato, dando total apoio à mobilização dos acadêmicos da UEPA.
Novos ventos sopram para o Movimento Estudantil da UEPA, com inicio no dia 12 de abril de 2012, assim podemos considerar um dia histórico para os estudantis em Santarém. Os acadêmicos da UEPA deram um grande recado ao Governo do Estado, à Reitoria da instituição e a Prefeita. Isso tudo ao som de “A UEPA somos nós, queremos vez e voz!”. Sem duvida, um marco no campus. O próximo passo é a mobilização permanente dos estudantis até que as reivindicações por melhorias sejam conquistadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário