quinta-feira, 24 de maio de 2012
MANIFESTO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO TODO APOIO À GREVE DA EDUCAÇÃO!
Vivemos
a maior greve das instituições federais de ensino superior da última
década. A partir do chamado pelo ANDES-SN da greve dos professores no
dia 17 de maio e o indicativo de greve da FASUBRA para 11 de junho, foi
uma enxurrada de
assembléias massivas e uma após a outra, as universidades e institutos federais
aprovando a greve. Entre os estudantes, muita solidariedade à greve dos
professores e funcionários. O movimento estudantil brasileiro deve
prestar todo o seu apoio à luta das diferentes categorias em defesa da
educação pública, gratuita e de qualidade. Essa luta também é nossa!
Não é a toa que vivemos esse período atual de lutas e greves. Só nos últimos 2 anos, o governo Dilma cortou quase R$5 bilhões da educação. Ao mesmo tempo, apresentou o novo Plano Nacional da Educação que não resolve o grande problema da falta de investimento, propondo apenas 7% do PIB só para 2020.
Nos últimos 5 anos, fruto da implementação do REUNI, as universidades federais passaram por um processo de expansão que não veio acompanhado dos recursos necessários, e agora acumularam-se diversos problemas. Falta assistência estudantil (bolsas, restaurantes universitários, moradias, creches universitárias), professores efetivos, estrutura física e novos prédios, segurança nos campi, e um longo etc. Para os trabalhadores das universidades, muita sobrecarga de trabalho, com salas de aula super-lotadas, professor efetivo contratado como temporário, escassez das bolsas de pesquisa e extensão, aumento médio de até 40% do número de horas-aula, a falta de um plano de carreira digno.
Em 2007, na forte mobilização nacional que ocupou diversas reitorias quando o REUNI foi aprovado, os estudantes alertaram que isso aconteceria. 5 anos depois, essa greve só comprova a irresponsabilidade da expansão orquestrada pelo governo federal. Não basta expandir as universidades, é preciso sustentar essa expansão! Se o governo federal não ampliar de fato o investimento para a educação, desde as creches públicas, as escolas municipais e estaduais, até o ensino superior, essa situação nunca irá se solucionar.
Não é a toa que vivemos esse período atual de lutas e greves. Só nos últimos 2 anos, o governo Dilma cortou quase R$5 bilhões da educação. Ao mesmo tempo, apresentou o novo Plano Nacional da Educação que não resolve o grande problema da falta de investimento, propondo apenas 7% do PIB só para 2020.
Nos últimos 5 anos, fruto da implementação do REUNI, as universidades federais passaram por um processo de expansão que não veio acompanhado dos recursos necessários, e agora acumularam-se diversos problemas. Falta assistência estudantil (bolsas, restaurantes universitários, moradias, creches universitárias), professores efetivos, estrutura física e novos prédios, segurança nos campi, e um longo etc. Para os trabalhadores das universidades, muita sobrecarga de trabalho, com salas de aula super-lotadas, professor efetivo contratado como temporário, escassez das bolsas de pesquisa e extensão, aumento médio de até 40% do número de horas-aula, a falta de um plano de carreira digno.
Em 2007, na forte mobilização nacional que ocupou diversas reitorias quando o REUNI foi aprovado, os estudantes alertaram que isso aconteceria. 5 anos depois, essa greve só comprova a irresponsabilidade da expansão orquestrada pelo governo federal. Não basta expandir as universidades, é preciso sustentar essa expansão! Se o governo federal não ampliar de fato o investimento para a educação, desde as creches públicas, as escolas municipais e estaduais, até o ensino superior, essa situação nunca irá se solucionar.
Queremos Expansão com 10% do PIB para a Educação!
É por isso que nós, entidades estudantis abaixo-assinadas, organizamos esse Manifesto do Movimento Estudantil Brasileiro, declarando “Todo Apoio à Greve da Educação!” e convocando os estudantes à luta. Enquanto a juventude está em luta no mundo inteiro, derrubando ditaduras e enfrentando os efeitos da crise econômica, chegou a hora de da juventude brasileira também entrar em cena. Vamos defender nossa educação, pública gratuita e de qualidade, junto com a classe trabalhadora, pra transformar o Brasil!
Chamamos todas e todos estudantes para construir uma Marcha Nacional da Educação que será realizada no dia 5 de junho em Brasília, chamada pela FASUBRA e o ANDES-SN, que servirá pra pressionar nossos governantes a atender as reivindicações. E no mesmo dia, instalar o Comando Nacional de Greve dos Estudantes, que possa unificar o conjunto do movimento estudantil e traçar os próximos desafios para nossa mobilização. Paute na sua entidade e assembléias estudantis e venha se somar a essa luta!
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Declaração da ANEL de apoio à greve das IFES e pela construção do Comando Nacional de Greve dos Estudantes
“...Não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
Pois em tempo de desordem sangrenta,
De confusão organizada,
De arbitrariedade consciente,
De humanidade desumanizada,
Nada deve parecer natural,
Nada deve parecer impossível de mudar.”
Bertolt Brecht
Através desta declaração, a ANEL presta seu total e irrestrito apoio à greve
dos docentes das Instituições Federais de Ensino Superior. Pela justeza de suas
reivindicações e a força de sua mobilização, nos somamos às assembléias e
comandos de greve e convocamos todos os estudantes a também se levantar, em defesa
da educação pública, gratuita e de qualidade, e de uma expansão com 10% do PIB
para a educação. Essa luta é de todos nós, trabalhadores e estudantes
brasileiros.
A força da greve é impressionante. Até o momento, já são 45 IFES que aprovaram
parar, sendo 41 universidades e 4 institutos. Além destas, há diversos informes
de assembléias que serão realizadas nos próximos dias para deliberar sobre a
greve. De acordo com Pires, 2º vice-presidente da Regional Rio Grande do Sul do
ANDES-SN: “Quem estava em dúvida se era oportuno entrar na greve, agora, devido à
força inicial, tem decidido pela paralisação”. De acordo com a nota
oficial do Comando Nacional de Greve: “são muitos os relatos de assembléias e atos
públicos considerados históricos pelo número de participantes, qualidade dos
debates e entusiasmo. A greve se mostra forte desde o início e o conjunto de
informações indicam que o movimento se ampliará ainda mais nos próximos dias.”Não
é nenhum exagero afirmar que este movimento grevista de 2012 deverá superar a
histórica greve de 2001.
Veja as IFES que já aprovaram a greve
Já
estão em greve: UFAM, UFPA, UFRA, UFOPA, UNIFAP, UNIR, UFRR, UFAC, UFMA,
UFPI, IFPI, UFPB, UFCG, UFAL, UFPE, UFRPE, UFS, UFERSA, IFC, UNIVASF, UFMT, UFG
campus catalão, UFGD, UFOP, CEFET/MG, CTU/JF, UFLA, UNIFAL, UFV, UFU, UFVJM,
UFSJ, UFTM, UFES, UNIPAMPA, FURG, UFPEL, UFPR, UTFPR.
Entra
na segunda (21/05): UFRB, UnB, UFJF, UniRio, UFRRJ.
Entra
na terça (22/05): UFF.
Entenda por que os professores entraram em greve
Quando um estudante se depara com a situação dos seus professores pararem as
aulas para fazer greve, muitas vezes a reação imediata é questionar, já que estaria
prejudicando as suas aulas. Contra essa reação, a ANEL alerta: a culpa de
estarmos sem aulas é do governo federal, e não dos professores em greve, e nas
próximas linhas explicitaremos o porquê.
Em 2011, no ano passado, o ANDES-SN fechou um acordo com o governo federal que
incluía reestruturação da carreira docente, valorização do piso e incorporação
das gratificações, o que ficou chamado de “Acordo 04/2011”. Como explicitava a
‘cláusula III’ do acordo, “a representação governamental adotará as
providências necessárias para que os efeitos financeiros das medidas previstas
nesta cláusula sejam implementados em março de 2012”. Já
estamos em maio e o acordo foi descumprido.
Diante da
ameaça de greve, o governo apresentou no dia 14 de maio a Medida Provisória
568/12, que inclui parte do acordo firmado ano passado (reajuste de 4%) e mais
uma série de elementos bastante polêmicos. Sequer contempla a principal
reivindicação relativa à reestruturação da carreira docente, o que foi o motivo
fundamental da deflagração da greve. Fica claro que foi uma jogada política
para buscar desarticular a greve, mas os professores que não são bobos nem
nada, não caíram nessa.
A MP 568/12 transforma os adicionais de insalubridade e periculosidade em
valores fixos, ao invés de serem por porcentagem (como funciona hoje). Além de
ter fixado os valores nivelando por baixo, retira a possibilidade de reajuste
dos adicionais, já que sendo fixos não poderiam sofrer alterações. Além disso,
reduz quase que pela metade o salário dos médicos dos Hospitais Universitários.
Como se não bastasse apresentar o projeto da EBSERH – Empresa Brasileira de
Serviços Hospitalares – para ser votado nos Conselhos Universitários, que
avança na privatização dos HUs, ainda diminui a valorização do trabalho dos
médicos. É preciso exigir ao governo que retire já essa MP e negocie com o
Comando de Greve, atendendo suas reivindicações. Até agora, o governo Dilma se
mostrou intransigente ao diálogo.
Para os técnico-administrativos, de acordo com a FASUBRA, a pauta tem como
eixos fundamentais: aumento do piso salarial, solução das pendências na
carreira, reposicionamento dos aposentados, reajuste salarial de 22,08% (com
reposição da inflação de 2010 e 2011), data base dia 1º de maio, definição de
uma política salarial digna para os trabalhadores do serviço público.
Há, no entanto, um elemento extremamente potencializador das revoltas entre os
docentes e técnico-administrativos, que não se traduz exatamente por essas
reivindicações. Nos últimos anos, acumulou-se uma condição cada vez mais
precária de trabalho nas universidades, e é impossível não identificar essa
situação com o processo de expansão desordenado e sem recursos promovido pelo governo
federal através do REUNI.
A expansão deve ter direito à
qualidade!
Imagine um balão de ar. Na medida em que você assopra mais, ele vai crescendo.
Por conta do limite da sua elasticidade, para seguir soprando e o fazer ficar
ainda maior, ou você compra outro, mais largo e com uma borracha mais
resistente, ou inevitavelmente ele vai estourar. A partir desta metáfora, é
possível compreender o que se passa nas universidades e institutos federais com
um processo de expansão que, nos últimos 5 anos, foi feito sem o aumento
necessário de verbas. É um absurdo que cerca de apenas 4% da juventude
brasileira tenha acesso às universidades públicas, portanto a expansão das
vagas é extremamente necessária. Para se fazer isso com qualidade, porém, é
necessário tratar com prioridade e investir os recursos necessários, e não foi
isso que o REUNI fez.
O REUNI – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das
Universidades Federais – o conhecido decreto 6096 instaurado pelo governo Lula
em 24 de abril de 2007, buscava impor centralmente duas metas para as
universidades federais, que propunham quase dobrar o número de alunos pro
professor e praticamente atingir a aprovação automática, contidas em seu artigo
1º:
Ҥ 1o O Programa tem como meta global a
elevação gradual da taxa
de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para noventa por cento e
da relação de alunos de graduação
em cursos presenciais por professor para dezoito,
ao final de cinco anos, a contar do início de cada plano.”
Para atingir as metas, o decreto apontava, entre outras questões, uma “revisão
da estrutura acadêmica” e a “diversificação das
modalidades de graduação” (artigo 2º, diretrizes III e IV).
Tratava-se da reestruturação completa dos currículos, da abertura de novos
cursos de graduação com carga horária e determinação profissional mais enxuta e
flexível, além de avançar para a construção dos chamados “Bacharelados
Interdisciplinares”.
O REUNI promoveu um aligeiramento dos currículos e um processo crescente de
substituição dos cursos profissionalizantes ou criação de novos “tecnólogos”,
com a simplificação das graduações. Ou seja, a universidade pública perde a
qualidade no ensino que apesar de todas as desigualdades ainda conseguia
resistir e passa por uma metamorfose para transformar-se em um grande “escolão
de 3º grau”. O governo federal trabalhou com números e estatísticas, e não
estudantes que seriam futuros profissionais de qualidade, e assim tenta nos
impor uma formação barata para cumprir papel de mão-de-obra de baixa
qualificação e ocupar postos de trabalho precarizados.
Para viabilizar a implementação do projeto financeiramente, as
universidades federais receberiam um “incentivo”, expresso no artigo 3º do
decreto:
“§ 1o O acréscimo de recursos referido no
inciso III será limitado a
vinte por cento das despesas de custeio e
pessoal da universidade, no
período de cinco anos de que trata o art. 1o, § 1o.”
O decreto apontava ainda, no mesmo artigo, que a expansão
deveria garantir:
“I - construção e readequação de
infra-estrutura e equipamentos necessárias à realização dos objetivos do
Programa;
II - compra de bens e serviços necessários ao
funcionamento dos novos regimes acadêmicos; e
III - despesas de custeio e pessoal associadas
à expansão das atividades decorrentes do plano de reestruturação.”
Os cinco anos que aborda o decreto passaram, e agora temos o
dever de questionar:
As universidades federais que viveram o REUNI receberam o
investimento necessário?
Os três pontos acima relatados no decreto foram
respeitados pelo governo federal?
Foi preservado o tripé ensino-pesquisa-extensão?
Em base a que condições de trabalho para professores e
funcionários o projeto foi implementado?
Foi garantida a assistência estudantil necessária para a
permanência na universidade?
Foi garantido o caráter público e gratuito sem avançar as
parcerias público-privadas?
Qual a situação que encontramos atualmente em cada
universidade, passada a experiência da expansão e da reestruturação acadêmica?
Há cinco anos, os estudantes lutaram, ocuparam reitorias em todo
o país, dizendo que não bastava expandir, mas que era preciso fazer isso sobre
outra lógica e com mais investimentos. Hoje, os problemas que foram alertados
há 5 anos atrás se tornaram realidade. Acreditamos que a atual greve é a
resposta mais contundente a todas essas perguntas: sem condições mínimas que
subsidiassem uma expansão com qualidade, o balão estorou.
A difícil realidade das universidades federais e da educação pública brasileira
Só nos últimos 2 anos, governo Dilma cortou quase R$5 bilhões da educação, e ao
mesmo tempo, apresentou o novo Plano Nacional da Educação. Este Plano, além de
aprofundar as medidas de transferência da verba pública para o setor privado e
avançar na precarização da educação, não resolve o problema fundamental que
vivem as universidades e escolas: a falta de financiamento. Propõe na meta 20
do PNE o aumento para 7% do PIB em educação, a ser atingido só em 2020! E pra
piorar, incorpora através da meta 12 do PNE as metas do REUNI, transformando-as
em política de estado e estendendo a todos os níveis de educação e também às
instituições estaduais e particulares. Se a situação já estava feia, se
depender do governo pode ficar ainda pior nos próximos anos.

Atualmente, a realidade de um estudante, professor ou
funcionário de uma universidade federal não é muito diferente, e nos deparamos
com inúmeros problemas cotidianos. Seguem alguns listados abaixo.
Entre os problemas envolvendo a
assistência estudantil:
- Restaurantes Universitários que não comportam a demanda e
fazer surgir filas cada vez maiores.
- Moradias que passam longe de comportar a demanda e muitos
abandonam os estudos por morar muito longe e pela impossibilidade de pagar um
aluguel num local mais próximo, ainda mais com a especulação imobiliária
crescente que atinge muitas capitais.
- Bolsas insuficientes e sem reajuste, que sequer dão conta dos
gastos mais básicos (xerox, transporte, alimentação).
- Falta de creches universitárias para mães estudantes, que
acabam por atrasar muito ou abandonar sua formação universitária.
Entre os problemas acadêmicos:
- Salas
de aula super-lotadas.
- Enorme falta de professores, com muitas disciplinas que passam
o semestre todo nessa condição.
- Aumento dos professores temporários ou substitutos em
detrimento dos efetivos de dedicação profissional.
- Aumento de até 40% das horas-aula para os professores,
diretamente ligado à redução de projetos e bolsas de pesquisa e extensão.
- Laboratórios científicos e de informática sem equipamentos
suficientes ou qualquer renovação que busque a atualização tecnológica.
- Bibliotecas defasadas, com livros mal conservados e poucas
unidades que dêem conta da demanda.
Entre os problemas de
infra-estrutura e segurança:
- Obras não finalizadas, e a conseqüente falta de prédios e
salas de aula que comportem a parte acadêmica e administrativa dos cursos novos,
especialmente nos campi do interior.
- Má conservação dos prédios e laboratórios, que geram
incêndios, queda de parte da estrutura, mofo, insalubridade.
- Falta de bebedouros.
- Falta de condições mínimas de higiene nos banheiros e pouca
quantidade para suportar a demanda.
- Falta de segurança nos campi, pela pouca iluminação e lugares
desertos, sem guardas universitários, o que é o responsável muitas vezes pelos
casos de estupro às mulheres estudantes.
- Falta de adaptação dos prédios para garantir a acessibilidades
aos estudantes que necessitarem.
É um absurdo que o governo Dilma deixe a educação pública brasileira sob essas
condições. Elegeu-se com a confiança dos brasileiros de que a educação seria
uma prioridade em seu governo, e o que dá em troca é isso? A única forma de
resolver esse problema é através da luta, das mobilizações, protestos de rua,
ocupações de reitoria e greves. Ao longo da história do nosso país, só
conseguimos avançar em direitos e soluções aos problemas sociais com muita
luta! Em 2012, também não será diferente.
Espelhados na juventude árabe, européia e chilena, é hora da juventude
brasileira entrar em ação!
Neste movimento grevista que se iniciou com a paralisação dos docentes, a
resposta dos estudantes têm sido muito positiva. Tanto pela solidariedade aos
nossos mestres, quanto pelas nossas próprias reivindicações, os estudantes têm
organizado grandes assembléias, aulas públicas, protestos de rua e inclusive,
aprovado greve estudantil. Já são pelo menos 16 IFES, entre universidades e
institutos, que já decretaram greve estudantil geral ou alguns cursos. E esse
número, na medida que a luta avança, tende a aumentar rapidamente.
Aqui é preciso fazer uma reflexão. Estamos diante de uma luta de proporções
enormes, que com certeza entrará pra história do nosso país. A entidade
responsável em articular e desenvolver lutas estudantis deste porte ao longo da
história do Brasil foi a União Nacional dos Estudantes. Porém, atualmente, a
UNE será capaz de cumprir esse papel? Nós afirmamos categoricamente que não.
A UNE de hoje em dia está completamente vendida para o governo federal. Não é a
toa que apóia este novo PNE, que se calou diante dos cortes para educação e
perdeu completamente a independência, política e financeira, diante do governo
e reitorias pelo país. Agora, neste momento de greve, não aparecem nas
assembléias e ignoram a forte luta estudantil que está se gestando, publicando
uma breve nota em seu site que apenas faz menção à greve docente e sequer
explicita suas verdadeiras razões, preservando o governo. Está claro que para
desenvolver e potencializar esse processo, levando-o a uma vitória, não
poderemos contar com a UNE. Pelo contrário, iremos até em alguns casos nos
enfrentar contra ela no calor das lutas, assim como foi em 2007.
Apesar disso, é extremamente fundamental que os diferentes DCEs, Executivas de
Curso, Centros e Diretórios Acadêmicos e Grêmios, tenham uma articulação nacional.
Nós da ANEL estamos fazendo desde já essa batalha. Em cada universidade e
escola, intervindo nas assembléias, atos e comandos de greve, buscamos a
unificação nacional deste processo, política e organizativamente. Desde já,
convidamos todos os lutadores para a nossa VI Assembléia Nacional, que deverá
ser um desaguadouro natural de todo o processo de mobilização, reunindo
centenas de estudantes no dia 16 de junho, no Rio de Janeiro. É em momentos de
luta nacional como esse que fica ainda mais evidente, por um lado, a falência
da UNE, e por outro, a necessidade de uma entidade nacional dos estudantes. A
ANEL tem intervido nesse sentido desde junho de 2009, e chamado à unidade o
movimento estudantil independente.
Pela construção do Comando Nacional de Greve dos
Estudantes!
Agora, mais ainda, é preciso unificar o conjunto do movimento
estudantil. É nesse sentido que a ANEL tomou a iniciativa de lançar o
“MANIFESTO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO”, para que seja assinado pelos diversos
DCEs e entidades estudantis do país. Este Manifesto, além de prestar todo o
apoio à greve da educação, convoca todos e todas à Marcha Nacional pela
Educação no dia 5 de junho, que já está sendo convocada pela FASUBRA e pelo
ANDES-SN, e a instalação nesta mesma data do COMANDO NACIONAL DE GREVE DOS
ESTUDANTES. Com a presença das principais entidades estudantis, este Comando
deve ser nosso principal instrumento para articular, organizar e potencializar
a mobilização dos estudantes.
Enquanto assistimos ansiosos o desenrolar das revoluções e lutas no Norte da
África, Oriente Médio, Europa, Chile, EUA, Canadá, começamos a desenvolver o
que pode vir a ser a explosão da juventude brasileira. Em meio a uma crise
econômica mundial, que trará profundas transformações ao mundo que vivemos,
nós, com a força do movimento estudantil brasileiro, podemos interferir na
mudança do Brasil e do Mundo. Parece utópico? Uma greve com quase 50
instituições federais paradas também parecia, há poucos dias atrás.
A ANEL chama todos os estudantes brasileiros à luta: tomemos o
leme em nossas mãos e vamos às ruas fazer história! Como diziam os estudantes
em maio de 68: sejamos realistas, façamos o impossível!
Greve dos Professores da UFOPA - Por que apoiar?
O que é a Greve?
É paralisação
por tempo determinado ou indeterminado de uma ou mais categorias de
trabalhadores em busca de seus direitos. Na Ufopa, a greve dos professores é
por tempo indeterminado e faz parte de uma mobilização nacional do Sindicato
Nacional Andes. A greve foi deflagrada no último dia 17 de maio e já abrange 45 universidades em todo país.
Qual a pauta desta greve?
Nacionalmente, a
pauta dos professores pede reestruturação das carreiras, melhores condições de
trabalho e valorização. Localmente, o sindicato dos professores (SINDUFOPA)
possui uma pauta que envolve eleições diretas para reitor e diretores de
unidades; homologação do Estatuto sem alterações; condições de trabalho;
transparência; investigação de denúncias entre outros pontos também de
interesse dos estudantes.
O que os estudantes devem fazer?
É tarefa dos estudantes estar ao lado dos professores nas atividades da greve.
Deve ser buscada a unidade da comunidade acadêmica em torno de pautas comuns. Devemos também exigir da
Ufopa mais assistência estudantil com a construção de restaurante universitário,
residências, salas de aula, livros, mais bolsas e fim dos atrasos.
Nacionalmente, devemos exigir "Expansão com 10% do PIB para a educação já!". Em 16 federais já
foi decretada GREVE ESTUDANTIL devido as condições precárias de ensino
provocadas pelo REUNI.
O que é o REUNI?
O Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) existe desde 2007,
com a ampliação no número de vagas, porém foi uma expansão sem qualidade.
E se um professor decidir ministrar aula durante o período de greve?
A greve é uma
decisão dos professores em assembleia soberana. Não é uma decisão do sindicato
ou apenas dos sindicalizados. O SINDUFOPA comunicou a reitoria oficialmente da
greve. Assim sendo, o calendário acadêmico está parado a partir do momento que
a greve teve inicio. Todo estudante terá direito a restituição das aulas, mesmo
que alguns professores tenham dado aula durante a greve. Dar aula é furar a
greve e provoca nos estudante uma situação não isonômica.
Haverá
aula
em
julho?
Irá depender do tempo que greve durará e isto depende da
disposição do governo federal e da reitoria da Ufopa em atender as pautas. As discussões sobre o calendário universitário
são feitas ao final da greve. É importante os estudantes acompanharem a greve
de perto e fazer a luta em conjunto para a definição do calendário de forma que
atende os seus interesses.
Greve não é férias, é luta!
PARTICIPE DA ASSEMBLEIA GERAL
DOS ESTUDANTES
SEGUNDA, 21 DE MAIO 17H –
Campus Rondon
domingo, 20 de maio de 2012
ANEL apoia a luta dos Professores e Técnicos:
MANIFESTO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO
TODO APOIO À GREVE DA EDUCAÇÃO!
Vivemos a maior greve das instituições federais de ensino superior da última década. A partir do chamado pelo ANDES-SN da greve dos professores no dia 17 de maio e o indicativo de greve da FASUBRA para 11 de junho, foi uma enxurrada de assembléias massivas e uma após a outra, as universidades e institutos
federais aprovando a greve. Entre os estudantes, muita solidariedade à greve dos professores e funcionários. O movimento estudantil brasileiro deve prestar todo o seu apoio à luta das diferentes categorias em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Essa luta também é nossa!
Não é a toa que vivemos esse período atual de lutas e greves. Só nos últimos 2 anos, o governo Dilma cortou quase R$5 bilhões da educação. Ao mesmo tempo, apresentou o novo Plano Nacional da Educação que não resolve o grande problema da falta de investimento, propondo apenas 7% do PIB só para 2020.
Nos últimos 5 anos, fruto da implementação do REUNI, as universidades federais passaram por um processo de expansão que não veio acompanhado dos recursos necessários, e agora acumularam-se diversos problemas. Falta assistência estudantil (bolsas, restaurantes universitários, moradias, creches universitárias), professores efetivos, estrutura física e novos prédios, segurança nos campi, e um longo etc. Para os trabalhadores das universidades, muita sobrecarga de trabalho, com salas de aula super-lotadas, professor efetivo contratado como temporário, escassez das bolsas de pesquisa e extensão, aumento médio de até 40% do número de horas-aula, a falta de um plano de carreira digno.
Em 2007, na forte mobilização nacional que ocupou diversas reitorias quando o REUNI foi aprovado, os estudantes alertaram que isso aconteceria. 5 anos depois, essa greve só comprova a irresponsabilidade da expansão orquestrada pelo governo federal. Não basta expandir as universidades, é preciso sustentar essa expansão! Se o governo federal não ampliar de fato o investimento para a educação, desde as creches públicas, as escolas municipais e estaduais, até o ensino superior, essa situação nunca irá se solucionar.
Queremos Expansão com 10% do PIB para a Educação!
É por isso que nós, entidades estudantis abaixo-assinadas, organizamos esse Manifesto do Movimento Estudantil Brasileiro, declarando “Todo Apoio à Greve da Educação!” e convocando os estudantes à luta. Enquanto a juventude está em luta no mundo inteiro, derrubando ditaduras e enfrentando os efeitos da crise econômica, chegou a hora de da juventude brasileira também entrar em cena. Vamos defender nossa educação, pública gratuita e de qualidade, junto com a classe trabalhadora, pra transformar o Brasil!
Chamamos todas e todos estudantes para construir uma Marcha Nacional da Educação que será realizada no dia 5 de junho em Brasília, chamada pela FASUBRA e o ANDES-SN, que servirá pra pressionar nossos governantes a atender as reivindicações. E no mesmo dia, instalar o Comando Nacional de Greve dos Estudantes, que possa unificar o conjunto do movimento estudantil e traçar os próximos desafios para nossa mobilização. Paute na sua entidade e assembléias estudantis e venha se somar a essa luta!
TODO APOIO À GREVE DA EDUCAÇÃO!
Vivemos a maior greve das instituições federais de ensino superior da última década. A partir do chamado pelo ANDES-SN da greve dos professores no dia 17 de maio e o indicativo de greve da FASUBRA para 11 de junho, foi uma enxurrada de assembléias massivas e uma após a outra, as universidades e institutos
federais aprovando a greve. Entre os estudantes, muita solidariedade à greve dos professores e funcionários. O movimento estudantil brasileiro deve prestar todo o seu apoio à luta das diferentes categorias em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Essa luta também é nossa!
Não é a toa que vivemos esse período atual de lutas e greves. Só nos últimos 2 anos, o governo Dilma cortou quase R$5 bilhões da educação. Ao mesmo tempo, apresentou o novo Plano Nacional da Educação que não resolve o grande problema da falta de investimento, propondo apenas 7% do PIB só para 2020.
Nos últimos 5 anos, fruto da implementação do REUNI, as universidades federais passaram por um processo de expansão que não veio acompanhado dos recursos necessários, e agora acumularam-se diversos problemas. Falta assistência estudantil (bolsas, restaurantes universitários, moradias, creches universitárias), professores efetivos, estrutura física e novos prédios, segurança nos campi, e um longo etc. Para os trabalhadores das universidades, muita sobrecarga de trabalho, com salas de aula super-lotadas, professor efetivo contratado como temporário, escassez das bolsas de pesquisa e extensão, aumento médio de até 40% do número de horas-aula, a falta de um plano de carreira digno.
Em 2007, na forte mobilização nacional que ocupou diversas reitorias quando o REUNI foi aprovado, os estudantes alertaram que isso aconteceria. 5 anos depois, essa greve só comprova a irresponsabilidade da expansão orquestrada pelo governo federal. Não basta expandir as universidades, é preciso sustentar essa expansão! Se o governo federal não ampliar de fato o investimento para a educação, desde as creches públicas, as escolas municipais e estaduais, até o ensino superior, essa situação nunca irá se solucionar.
Queremos Expansão com 10% do PIB para a Educação!
É por isso que nós, entidades estudantis abaixo-assinadas, organizamos esse Manifesto do Movimento Estudantil Brasileiro, declarando “Todo Apoio à Greve da Educação!” e convocando os estudantes à luta. Enquanto a juventude está em luta no mundo inteiro, derrubando ditaduras e enfrentando os efeitos da crise econômica, chegou a hora de da juventude brasileira também entrar em cena. Vamos defender nossa educação, pública gratuita e de qualidade, junto com a classe trabalhadora, pra transformar o Brasil!
Chamamos todas e todos estudantes para construir uma Marcha Nacional da Educação que será realizada no dia 5 de junho em Brasília, chamada pela FASUBRA e o ANDES-SN, que servirá pra pressionar nossos governantes a atender as reivindicações. E no mesmo dia, instalar o Comando Nacional de Greve dos Estudantes, que possa unificar o conjunto do movimento estudantil e traçar os próximos desafios para nossa mobilização. Paute na sua entidade e assembléias estudantis e venha se somar a essa luta!
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Estudantes também vão à greve nas federais
Em pelo menos 3 universidades federais os
estudantes deliberaram em greve e reforçam a greve dos professores. As
primeiras informações dão conta de greve estudantil na Rural do Rio de Janeiro
(UFRRJ), Federal de Ouro Preto (UFOP), Federal dos Vales do Jequitinhonha e
Mucuri (UFVJM). Há também movimentação estudantil para greve também na Federal
Fluminense, Federal de Lavras, Federal de São Paulo e na Universidade
Tecnológica do Paraná.
Na UFRRJ, uma assembleia com a presença de 800
estudantes na noite de quarta-feira (16/05) deflagrou greve em apoio aos
docentes e com uma pauta específica movimento estudantil: “Nossa pauta de
reivindicações incorpora entre outras a garantia de alojamentos, biblioteca,
bandejão, assistência médica, segurança, iluminação etc. Compreendendo que isto
se realizará com mais investimentos na educação, por isso lutamos também por
10% do PIB para a Educação. Por isso é fundamental construir esta greve em
conjunto, para que tais reivindicações sejam atendidas”, explicou o DCE em
nota.
Na UFVJM, a assembleia geral estudantil ocorreu no
dia 15 de maio e declarou greve estudantil com a seguinte pauta: “Ampliação da
Assistência estudantil: Moradia, R.U, e Meio-Passe; Contratação de mais
professores/as; 10% do PIB para a Educação”. A assembléia legitimou a formação
de um Comando de Greve de Estudantes, que irá fazer as articulações para as
decisões do rumo desta greve.
Na UFOP, logo após a deliberação de greve pelos
professores no dia 17 de maio, centenas de estudantes e professores saíram às
ruas. Os estudantes também entraram em greve como pode ser visto neste Vídeo.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Professores da Ufopa deliberam pela greve
Os
docentes da Universidade Federal do Oeste do Pará aprovaram, após amplo debate,
a deflagração da greve nacional na instituição,
por tempo indeterminado, a partir de 17 de maio de 2012. A decisão dos
professores foi tomada ontem (15/05) em Assembléia Geral realizada no auditório
do Campus Rondon e contou com a participação e apoio de um expressivo número de
estudantes da UFOPA.
Na assembléia foi constituído também o Comando Local de Greve que organizará as ações do movimento grevista e as negociações com a Reitoria da UFOPA. Formado por professores (as) de todos os institutos da universidade, o comando se reunirá hoje (16/05), às 18h, no Campus Rondon para discutir os primeiros passos da greve, bem como a pauta de reivindicações que será encaminhada a Reitoria.
Abaixo listamos alguns dos motivos da aprovação da greve dos professores e algumas de nossas reivindicações:
Em nível nacional:
Pela reestruturação da careira docente, prevista no Acordo 04/2011, com valorização do piso e incorporação das gratificações;
Pela valorização e melhoria das condições de trabalho docente nas IFES; com referência na Pauta da campanha 2012 aprovada no 31° congresso do ANDES-SN e já protocolada junto ao governo.
Em nível local:
Aprovação imediata do ESTATUTO da UFOPA
Eleições diretas para reitor e diretores de unidades (evitando escolhas arbitrárias e não democráticas das direções das unidades acadêmicas e maioria de outros cargos (ex.: última direção do ICS e do ICED);
Sobrecarga de trabalho docente (especialmente professores (as) do CFI no primeiro semestre), o que dificulta e/ou inviabiliza as atividades de pesquisa e extensão, prejudicando a qualidade do ensino);
Assédio moral e perseguição à professores(as) que criticam o modelo acadêmico imposto (ex.: elaboração de laudo médico inverossímil; comunicações e convocações desrespeitosas por parte das chefias aos servidores(as); trato diferenciado aos docentes; tomada de decisões arbitrárias em relação a solicitação de remoções e redistribuição de servidores sem tramitar nos colegiados das unidades; uso intimidatório do estágio probatório, etc.);
Quebra de autonomia docente (ex.: interferências nos sistemas avaliação e padronização do ensino; inutilizacão de disciplina, módulos CFI, IDA, etc.);
Inexistência do espaço de trabalho para os docentes (ex.: administração superior não apresenta projeto arquitetônico de salas individuais para trabalho docente; falta de equipamento de suporte para o desenvolvimento regular das atividades docentes);
Precarização das atividades de ensino no Plano Nacional de Formação de Professores de Educação Básica (PARFOR) e DESRESPEITO aos servidores públicos que atuam no PARFOR (ex.: atraso e não pagamento de diárias; condições insalubres em sala de aula; não fornecimento de material didático gratuito para os alunos);
Ausência de prestação pública das contas da UFOPA à comunidade acadêmica (biênio 2010-2011).
Apuração dos indícios de irregularidades e improbidades administrativas já encaminhados ao Ministério Público Federal – MPF.
Fonte: Diretoria do SINDUFOPA
Na assembléia foi constituído também o Comando Local de Greve que organizará as ações do movimento grevista e as negociações com a Reitoria da UFOPA. Formado por professores (as) de todos os institutos da universidade, o comando se reunirá hoje (16/05), às 18h, no Campus Rondon para discutir os primeiros passos da greve, bem como a pauta de reivindicações que será encaminhada a Reitoria.
Abaixo listamos alguns dos motivos da aprovação da greve dos professores e algumas de nossas reivindicações:
Em nível nacional:
Pela reestruturação da careira docente, prevista no Acordo 04/2011, com valorização do piso e incorporação das gratificações;
Pela valorização e melhoria das condições de trabalho docente nas IFES; com referência na Pauta da campanha 2012 aprovada no 31° congresso do ANDES-SN e já protocolada junto ao governo.
Em nível local:
Aprovação imediata do ESTATUTO da UFOPA
Eleições diretas para reitor e diretores de unidades (evitando escolhas arbitrárias e não democráticas das direções das unidades acadêmicas e maioria de outros cargos (ex.: última direção do ICS e do ICED);
Sobrecarga de trabalho docente (especialmente professores (as) do CFI no primeiro semestre), o que dificulta e/ou inviabiliza as atividades de pesquisa e extensão, prejudicando a qualidade do ensino);
Assédio moral e perseguição à professores(as) que criticam o modelo acadêmico imposto (ex.: elaboração de laudo médico inverossímil; comunicações e convocações desrespeitosas por parte das chefias aos servidores(as); trato diferenciado aos docentes; tomada de decisões arbitrárias em relação a solicitação de remoções e redistribuição de servidores sem tramitar nos colegiados das unidades; uso intimidatório do estágio probatório, etc.);
Quebra de autonomia docente (ex.: interferências nos sistemas avaliação e padronização do ensino; inutilizacão de disciplina, módulos CFI, IDA, etc.);
Inexistência do espaço de trabalho para os docentes (ex.: administração superior não apresenta projeto arquitetônico de salas individuais para trabalho docente; falta de equipamento de suporte para o desenvolvimento regular das atividades docentes);
Precarização das atividades de ensino no Plano Nacional de Formação de Professores de Educação Básica (PARFOR) e DESRESPEITO aos servidores públicos que atuam no PARFOR (ex.: atraso e não pagamento de diárias; condições insalubres em sala de aula; não fornecimento de material didático gratuito para os alunos);
Ausência de prestação pública das contas da UFOPA à comunidade acadêmica (biênio 2010-2011).
Apuração dos indícios de irregularidades e improbidades administrativas já encaminhados ao Ministério Público Federal – MPF.
Fonte: Diretoria do SINDUFOPA
Professores da UFPA aprovam greve a partir do dia 17 de maio
Professores
da Universidade Federal do Pará (UFPA) decidiram paralisar suas atividades
docentes por tempo indeterminado, a partir do dia 17 de maio. A greve foi
aprovada na manhã de 15 de maio, durante assembleia geral no hall da reitoria,
que contou com a participação de cerca de 150 professores. Apenas três docentes
se manifestaram contrários à greve e um se absteve. O primeiro dia de greve, 17
de maio, será marcado por um ato público às 9h30, no portão principal da UFPA.
Os docentes aprovaram, ainda, durante a assembleia, a pauta local de reivindicações, a transformação das assembleias ordinárias em assembleia permanente e a constituição de um Comando Local de Greve, que deverá conduzir, na Universidade, o movimento grevista e o processo de negociação com o reitor Carlos Maneschy. A primeira reunião do Comando será amanhã, 16, às 9h30, na sede da ADUFPA.
Os docentes aprovaram, ainda, durante a assembleia, a pauta local de reivindicações, a transformação das assembleias ordinárias em assembleia permanente e a constituição de um Comando Local de Greve, que deverá conduzir, na Universidade, o movimento grevista e o processo de negociação com o reitor Carlos Maneschy. A primeira reunião do Comando será amanhã, 16, às 9h30, na sede da ADUFPA.
Após a assembleia, os professores
foram ao gabinete do reitor Carlos Maneschy para protocolar a pauta local de
reivindicações e cobrar o apoio da reitoria ao movimento grevista. “Esperamos
que a administração superior da UFPA respeite a nossa autonomia, não adote
mecanismos de enfrentamento à greve e atenda as nossas reivindicações locais,
que já foram apresentadas há alguns meses e, até hoje, não obtivemos
respostas”, afirmou a diretora-geral da ADUFPA, Rosimê Meguins.
A greve dos professores das IFES é a
resposta da categoria docente à intransigência do governo federal, que insiste
em se recusar a atender as reivindicações dos docentes. A Medida Provisória
editada ontem, 14, pelo governo federal contempla apenas o reajuste de 4% no
vencimento básico e a incorporação da Gemas e Gebtt ao salário-base,
desconsiderando o eixo central de reivindicação da categoria, que é a
reestruturação da carreira docente.
Os docentes reivindicam a unificação
das carreiras com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios,
variação de 5% entre níveis a partir do piso salarial de R$ 2.329,35 (professor
graduado em regime de 20 horas), e percentuais de acréscimo relativos à
titulação e ao regime de trabalho.
Fonte:
ADUFPA
Movimento Estudantil da Rural de Pernambuco dá o recado: ESTUDANTES: A GREVE TAMBÉM É NOSSA!!!
Historicamente
a educação pública vem passando por um processo de sucateamento,
aprofundando-se desde Collor ao governo Dilma, transferindo suas
responsabilidades, cada vez, mais para a iniciativa privada.
Com a aprovação do REUNI (Programa de
Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) em
2007, ocorreu um processo de expansão e crescimento, das universidades, sem
qualidade.
O reflexo disso na UFRPE é o aumento
da precarização desde o ensino à estrutura física.Se no campus do Recife a
situação não é a das melhores, nas unidades acadêmicas de Garanhuns (UAG) e
Serra Talhada (UAST) é ainda pior.
A interiorização das universidades é
importante, pois amplia o acesso ao ensino público superior.Porém esse processo
está sendo desordenado, a exemplo UAG e UAST. Falta restaurantes universitários,
biblioteca, casa do estudante, laboratórios E O PIOR... PROFESSORES E
PROFESSORAS!
Na sede encontramos: Restaurante
Universitário privatizado que serve parafuso, caramujo, cabelo, pedra, dentre
outras iguarias, obras inacabadas, prédios recém construídos com rachaduras,
biblioteca desatualizada e com falta de livros, condições precárias de ensino E
TAMBÉM FALTA PROFESSORES E PROFESSORAS!
Somado a resolução dessas
problemáticas na universidade os professores e professoras reivindicam:
• mudança de plano de
cargo e carreira;
•equiparação salarial com
os doutores do Ministério da Ciência e Tecnologia;
•reajuste salarial digno;
• valorização e melhoria
das condições dignas de trabalho, dentre outros.
Dessa forma o ensino e aprendizagem está
comprometido E ISSO DIZ RESPEITO SIM, A TODA COMUNIDADE ACADÊMICA!
É por essas e outras que nós, do
Movimento Estudantil da UFRPE, demonstramos não só o nosso apoio e
solidariedade a essa luta, que é legítima, como convidamos todos e todas
estudantes para unir força por uma UNIVERSIDADE PÚBLICA, GRATUITA E DE
QUALIDADE!
GREVE
NÃO É FÉRIAS, É LUTA!
Greve:
paralisação de atividades, coletiva e voluntária, em prol
de se conseguir o atendimento de reivindicações, que está está assegurada por
lei, Constituição Federal Brasileira de 1988:
Art. 9º É assegurado o direito de
greve, competindo aos[as] trabalhadores[as] decidir sobre a oportunidade de
exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
Constroem essa carta:
Diretórios
Acadêmicos de Agronomia, Bacharelado em Ciências Biológicas, Economia
Doméstica, Engenharia Agrícola e Ambiental, Engenharia Florestal, Licenciatura
em Ciências Biológicas, Medicina Veterinária, Diretório Central dos Estudantes
(Odijas de Carvalho), Coletivo Resistir e Resistir, Coletivo Daqui pra Frente
Vai ser Diferente, Revocultura, ANEL (Assembléia Nacional dos Estudantes
Livre), União Nacional dos Estudantes (UNE), União da Juventude Rebelião (UJR),
União da Juventude Comunista (UJC).
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Professores das Universidades Federais iniciam greve em 17 de maio
Em reunião com delegados das Universidades Federais
ocorrida em Brasília, os docentes das Seções Sindicais do ANDES-SN acabam de
aprovar a entrada em GREVE a partir do próximo dia 17 de maio, confirmando as
deliberações indicativas ocorridas nas diversas universidades do país.
Estiveram presentes nessa reunião 44 Seções Sindicais.
Agora, as seções sindicais irão deliberar sobre a greve em cada Universidade.
Veja os encaminhamentos da reunião:
1. Greve nacional dos docentes das Instituições
Federais de Ensino Superior por tempo indeterminado a partir do dia 17 de maio.
2. Agenda:
14/15 de maio, rodada nacional de Assembleias;
15 maio, GT carreira docentes;
16 de maio, reunião do Fórum dos SPFs com o governo;
17 de maio, instalação do comando nacional de greve, as 14h na sede do
ANDES-SN; Aprovado.
17 de maio: instalação dos Comandos Locais de Greve
3. Pauta: Explicativo no item 1 da pauta – Carreira única com incorporação das
gratificações em 13 níveis remuneratórios, com variação de 5% entre níveis a
partir do piso correspondente ao salário mínimo do DIEESE/20h, e percentuais de
acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho; Destaque no item 2
para as pautas locais.
Abaixo, nota do SINDUFOPA, que realizará assembleia
geral com a comunidade universitária no próximo 15 de maio, as 17h, no
auditório do Campus Tapajós.
SINDUFOPA
Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Oeste do Pará
Santarém, 11 de maio de 2012.
MOTIVOS DA APROVAÇÃO DA GREVE A PARTIR DE 17 DE MAIO
DE 2012
Prezados (as),
Os docentes da Universidade Federal do Oeste do Pará informam a toda comunidade acadêmica que, reunidos em assembléia geral, aprovaram o indicativo de greve da categoria a partir de 17 de maio de 2012 e convidam a todos (as) os (as) professores (as), estudantes e técnicos (as) para a ASSEMBLEIA GERAL que será realizada no dia 15 de maio, às 17h, no auditório do Campus Rondon. Nessa assembléia será discutida a deflagração da greve na UFOPA. Abaixo listamos os motivos da aprovação do indicativo e nossas reivindicações:
Em nível nacional:
Pela reestruturação da careira docente, prevista no Acordo 04/2011, descumprindo pelo governo federal, com valorização do piso e incorporação das gratificações;
Pela valorização e melhoria das condições de trabalho docente nas IFES; com referência na Pauta da campanha 2012 aprovada no 31° congresso do ANDES-SN e já protocolada junto ao governo.
Em nível local:
Os docentes da Universidade Federal do Oeste do Pará informam a toda comunidade acadêmica que, reunidos em assembléia geral, aprovaram o indicativo de greve da categoria a partir de 17 de maio de 2012 e convidam a todos (as) os (as) professores (as), estudantes e técnicos (as) para a ASSEMBLEIA GERAL que será realizada no dia 15 de maio, às 17h, no auditório do Campus Rondon. Nessa assembléia será discutida a deflagração da greve na UFOPA. Abaixo listamos os motivos da aprovação do indicativo e nossas reivindicações:
Em nível nacional:
Pela reestruturação da careira docente, prevista no Acordo 04/2011, descumprindo pelo governo federal, com valorização do piso e incorporação das gratificações;
Pela valorização e melhoria das condições de trabalho docente nas IFES; com referência na Pauta da campanha 2012 aprovada no 31° congresso do ANDES-SN e já protocolada junto ao governo.
Em nível local:
Aprovação imediata do ESTATUTO da UFOPA;
Eleições diretas para reitor e diretores de unidades (evitando escolhas arbitrárias e não democráticas das direções das unidades acadêmicas e maioria de outros cargos (ex.: última direção do ICS e do ICED);
Sobrecarga de trabalho docente (especialmente professores (as) do CFI no primeiro semestre), o que dificulta e/ou inviabiliza as atividades de pesquisa e extensão, prejudicando a qualidade do ensino);
Assédio moral e perseguição à professores(as) que criticam o modelo acadêmico imposto (ex.: elaboração de laudo médico inverossímil; comunicações e convocações desrespeitosas por parte das chefias aos servidores(as); trato diferenciado aos docentes; tomada de decisões arbitrárias em relação a solicitação de remoções e redistribuição de servidores sem tramitar nos colegiados das unidades; uso intimidatório do estágio probatório, etc.);
Quebra de autonomia docente (ex.: interferências nos sistemas avaliação e padronização do ensino; inutilizacão de disciplina, módulos CFI, IDA, etc.);
Inexistência do espaço de trabalho para os docentes (ex.: administração superior não apresenta projeto arquitetônico de salas individuais para trabalho docente; falta de equipamento de suporte para o desenvolvimento regular das atividades docentes);
Precarização das atividades de ensino no Plano Nacional de Formação de Professores de Educação Básica (PARFOR) e DESRESPEITO aos servidores públicos que atuam no PARFOR (ex.: atraso e não pagamento de diárias; condições insalubres em sala de aula; não fornecimento de material didático gratuito para os alunos);
Ausência de prestação pública das contas da UFOPA à comunidade acadêmica (biênio 2010-2011).
Apuração dos indícios de irregularidades e improbidades administrativas já encaminhados ao Ministério Público Federal – MPF.
Saudações acadêmicas e sindicais,
Eleições diretas para reitor e diretores de unidades (evitando escolhas arbitrárias e não democráticas das direções das unidades acadêmicas e maioria de outros cargos (ex.: última direção do ICS e do ICED);
Sobrecarga de trabalho docente (especialmente professores (as) do CFI no primeiro semestre), o que dificulta e/ou inviabiliza as atividades de pesquisa e extensão, prejudicando a qualidade do ensino);
Assédio moral e perseguição à professores(as) que criticam o modelo acadêmico imposto (ex.: elaboração de laudo médico inverossímil; comunicações e convocações desrespeitosas por parte das chefias aos servidores(as); trato diferenciado aos docentes; tomada de decisões arbitrárias em relação a solicitação de remoções e redistribuição de servidores sem tramitar nos colegiados das unidades; uso intimidatório do estágio probatório, etc.);
Quebra de autonomia docente (ex.: interferências nos sistemas avaliação e padronização do ensino; inutilizacão de disciplina, módulos CFI, IDA, etc.);
Inexistência do espaço de trabalho para os docentes (ex.: administração superior não apresenta projeto arquitetônico de salas individuais para trabalho docente; falta de equipamento de suporte para o desenvolvimento regular das atividades docentes);
Precarização das atividades de ensino no Plano Nacional de Formação de Professores de Educação Básica (PARFOR) e DESRESPEITO aos servidores públicos que atuam no PARFOR (ex.: atraso e não pagamento de diárias; condições insalubres em sala de aula; não fornecimento de material didático gratuito para os alunos);
Ausência de prestação pública das contas da UFOPA à comunidade acadêmica (biênio 2010-2011).
Apuração dos indícios de irregularidades e improbidades administrativas já encaminhados ao Ministério Público Federal – MPF.
Saudações acadêmicas e sindicais,
DIRETORIA DA SINDUFOPA
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