sábado, 10 de dezembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
Greve de operários e Mobilização Indígena em Altamira: Belo Monte não passará!
Mais protestos em Altamira: Norte Energia ignora indígenas e operários de Belo Monte
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Ocupação do canteiro de obras de Belo Monte - A ANEL também está nessa luta!

manhã, após amplas discussões em assembléia durante o Seminário Mundial contra Belo Monte, em Altamira.

Cerca de 300 indígenas, pescadores e ribeirinhos da bacia do rio Xingu estão acampados pacificamente, desde a madrugada de hoje, no canteiro de obras de Belo Monte para exigir a paralisação das obras da usina hidrelétrica, em Altamira, no Pará. A rodovia Transamazônica, na altura do quilômetro 50, também foi interditada. O protesto não tem prazo para terminar.
“Diante da intransigência do governo em dialogar e da insistência em nos desrespeitar, ocupamos a partir de agora o canteiro de obras de Belo Monte e trancamos seu acesso pela rodovia Transamazônica. Exigimos que o governo envie para cá um representante com mandado para assinar um termo de paralisação e desistência definitiva da construção de Belo Monte”, diz a declaração dos Povos do Xingu contra Belo Monte.
“Belo Monte só vai sair se cruzarmos os braços. Não podemos ficar calados. Temos que berrar e é agora”, disse Juma Xipaia, liderança indígena Xipaia, uma das etnias afetadas por Belo Monte. “Somos guerreiros e não vamos pedir nada ao governo, mas exigir o que a Constituição nos garante. Nossos antepassados lutaram para que nós estivéssemos aqui. Já foram feitos vários documentos, várias reuniões e nada mudou. As máquinas continuam chegando”.
“É uma vergonha a maneira como nosso próprio governo nos tratou, com contínuas mentiras e negando-se ao diálogo com as comunidades afetadas”, disse Sheyla Juruna, liderança indígena do Movimento Xingu Vivo Para Sempre, que foi para Washington participar de uma reunião promovida pela Comissão interamericana de Direitos Humanos. “Estou horrorizada por ver como somos tratados em nossa própria terra sem ter sequer o direito de sermos consultados sobre esse horroroso projeto”, acrescentou durante coletiva na sede da OEA. Convocado pela CIDH para se explicar sobre Belo Monte, o governo brasileiro se negou a participar.
Veja abaixo a nota do seminário e da ocupação de Belo Monte
Declaração da Aliança do Xingu contra Belo Monte
“Não permitiremos que o governo crie esta usina e quaisquer outros projetos que afetem as terras, as vidas e a sobrevivência das atuais e futuras gerações da Bacia do Xingu”
Nós, os 700 participantes do seminário “Territórios, ambiente e desenvolvimento na Amazônia: a luta contra os grandes projetos hidrelétricos na bacia do Xingu”; nós, guerreiros Araweté, Assurini do Pará, Assurini do Tocantins, Kayapó, Kraô, Apinajés, Gavião, Munduruku, Guajajara do Pará, Guajajara do Maranhão, Arara, Xipaya, Xicrin, Juruna, Guarani, Tupinambá, Tembé, Ka’apor, Tupinambá, Tapajós, Arapyun, Maytapeí, Cumaruara, Awa-Guajá e Karajas, representando populações indígenas ameaçadas por Belo Monte e por outros projetos hidrelétricos na Amazônia; nós, pescadores, agricultores, ribeirinhos e moradores das cidades, impactados pela usina; nós, estudantes, sindicalistas, lideranças sociais e apoiadores das lutas destes povos contra Belo Monte, afirmamos que não permitiremos que o governo crie esta usina e quaisquer outros projetos que afetem as terras, as vidas e a sobrevivência das atuais e futuras gerações da Bacia do Xingu.
Durante os dias 25 e 26 outubro de 2011, nos reunimos em Altamira para reafirmar nossa aliança e o firme propósito de resistirmos juntos, não importam as armas e as ameaças físicas, morais e econômicas que usaram contra nós, ao projeto de barramento e assassinato do Xingu.
Durante esta última década, na qual o governo retomou e desenvolveu um dos mais nefastos projetos da ditadura militar na Amazônia, nós, que somos todos cidadãos brasileiros, não fomos considerados, ouvidos e muito menos consultados sobre a construção de Belo Monte, como nos garante a Constituição e as leis de nosso país, e os tratados internacionais que protegem as populações tradicionais, dos quais o Brasil é signatário.
Escorraçadas de suas terras, expulsas das barrancas do rio, acuadas pelas máquinas e sufocadas pela poeira que elas levantam, as populações do Xingu vem sendo brutalizadas por parte do consórcio autorizado pelo governo a derrubar as florestas, plantações de cacau, roças, hortas, jardins e casas, destruir a fauna do rio, usurpar os espaços na cidade e no campo, elevar o custo de vida, explorar os trabalhadores e aterrorizar as famílias com a ameaça de um futuro tenebroso de miséria, violência, drogas e prostituição. E repetindo assim os erros, o desrespeito e as violências de tantas outras hidrelétricas e grandes projetos impostos à força à Amazônia e suas populações.
Armados apenas da nossa dignidade e dos nossos direitos, e fortalecidos pela nossa aliança, declaramos aqui que formalizamos um pacto de luta contra Belo Monte, que nos torna fortes acima de toda a humilhação que nos foi imposta até então. Firmamos um pacto que nos manterá unidos até que este projeto de morte seja varrido do mapa e da história do Xingu, com quem temos uma dívida de honra, vida e, se a sua sobrevivência nos exigir, de sangue.
Diante da intransigência do governo em dialogar, e da insistência em nos desrespeitar, ocupamos a partir de agora o canteiro de obras de Belo Monte e trancamos seu acesso pela rodovia Transamazônica. Exigimos que o governo envie para cá um representante com mandado para assinar um termo de paralisação e desistência definitiva da construção de Belo Monte.
Altamira, 27 de outubro de 2011
(Fotos: Ivan Canabrava/Illuminati Filmes)
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Carta da ANEL aos estudantes da UFOPA - IV Plenária da ANEL Santarém

IV Plenária da ANEL Santarém
1. Novo PNE e a Educação no Brasil;
2. Eleições do DCE UFOPA;
3. O que ocorrer.
Dia: 22/10/11 –sábado, às 15h00
Local: Amazônia Boulevard (antigo CFI)
Para mais informações:
Ingo Ian Rodrigues Nepomuceno - 91958036/81185785
Mel Mendes - 91234175/81300884
Venha construir conosco o programa da chapa de todos os estudantes!!
Marcha de Periferia - "Contra a Criminalização da Pobreza"
CARTA CONVITE
À ANEL das regiões Norte e Nordeste e quem possa interessar,
As marchas da Periferia são eventos que acontecem desde 2006 tendo como objetivo principal sensibilizar e mobilizar a população pobre e negra das periferias para pressionar o Estado a implementar políticas públicas nesses bairros.
Para esse ano a Marcha trás como tema “Contra a Criminalização da Pobreza”, que decorre da preocupação das entidades que compõe o comitê pró-periferia com o crescente processo de “limpeza” étnica e social no qual estão sendo submetidos os grupos sociais mais empobrecidos e não brancos do Brasil, a exemplo de moradores dos morros, favelas, remanescentes de quilombolas, sem-terra e sem-tetos. Processo que tende a se intensificar com a aproximação dos jogos da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
A Marcha da Periferia desse ano acontecerá nos estados do Maranhão e São Paulo. Sendo que em São Luís a marcha está marcada para o dia 25/11. Para tanto, uma série de atividades preparatórias já estão acontecendo em vários bairros das cidades. Levando em consideração o papel que a ANEL cumpre no movimento estudantil no que tange o debate das opressões e as deliberações da V Assembleia Nacional, vimos através desta convidar a ANEL das regiões N/NE a participarem da Marcha, bem como solicitamos ampla divulgação nas suas redes de contato. Caso haja alguma movimentação pra São Luís, favor entrar em contato nos telefones que seguem ou pelo email:comiteproperiferia@hotmail.com
COMITÊ PRÓ-PERIFERIA SÃO LUÍS
CONTATOS: Gleydson Coutinho (88823561- Oi)
Rielda Alves ( 81571417 – TIM)
Danúbia Oliveira (96086156 - Oi)
Assembleia Nacional de Estudantes - Livre
Executiva Estadual Maranhão
www.anelmaranhao.blogspot.com
Em defesa da Educação: CAMPANHA FECHAR ESCOLAS É CRIME!
CAMPANHA FECHAR ESCOLAS É CRIME!
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
A educação não pode esperar! É 10% JÁ!

A ANEL esteve presente nessa luta desde a sua criação, e hoje é uma das entidades que está a frente da campanha nacional, articulando comitês e realizando debates/atividades por todo o país através de suas Comissões Executivas Estaduais e Municipais.
No dia 24 de agosto desse ano, durante a Jornada Nacional de lutas, demos uma primeira grande demonstração da força dessa campanha na Marcha em Brasília que colocou mais de 20 mil pessoas nas ruas para exigir do Governo Federal mudanças na política econômica e mais investimentos nos setores sociais, onde a coluna da ANEL e diversos outros setores da educação colocaram em pauta a campanha pelos 10% do PIB JÁ! No mesmo dia, aconteceu a Plenária Nacional de Lançamento da Campanha que debateu politicamente a situação da educação no país e preparou as próximas atividades, fortalecendo a proposta de realização do Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB para a Educação a ser realizado no mês de novembro.
A ANEL Santarém participou ativamente de todas essas importantes atividades e mobilizações, enviando representantes para a Marcha em Brasília e para o Lançamento Nacional da Campanha. Aqui em nossa cidade, a ANEL também está compondo o Comitê Municipal pelos 10% do PIB e realizando plenárias em que são debatidos, além de outros temas, o Novo PNE e a Campanha dos 10% do PIB JÁ!
Acreditamos que o momento em que vivemos em Santarém, no qual os professores da rede estadual, docentes e técnicos administrativos do IFPA, bancários e correios têm dado um grandioso exemplo de mobilização e luta em suas greves, é o melhor momento para impulsionar essa luta que é de todos os trabalhadores desse país em defesa de uma educação publica, gratuita e de qualidade e pela aplicação dos 10% do PIB na Educação Pública Já!
Avancemos na construção da campanha e na preparação do Plebiscito Nacional!
“Oh, Oh, Oh Dilma, não quero só promessa. É 10% Já! A educação tem pressa!”
“PNE eu digo não. É 10% pra educação!”
Convidamos tod@s para se juntarem a nós nessa luta. Segue abaixo a carta/convocatória do comitê local:
CONVOCATÓRIA
Comitê municipal da CAMPANHA “10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA, JÁ!”
10% do PIB para a Educação Pública, já! Por quê?
A educação é um direito fundamental. Pode ampliar a leitura de mundo e comprometer as pessoas com uma sociedade justa e igualitária. Por isso, a luta dos trabalhadores na constituinte buscou assegurá-la como “direito de todos e dever do Estado”. No entanto, o Estado brasileiro não cumpre sua obrigação constitucional. O Brasil possui mais de 14 milhões de analfabetos totais e 29,5 milhões de analfabetos funcionais (PNAD/2009/IBGE) – cerca de um quarto da população está alijada de escolarização mínima. Esses analfabetos são basicamente provenientes de famílias de trabalhadores do campo e da cidade, notadamente negros, pobres, mulheres, homossexuais e demais segmentos hiperexplorados da sociedade. As escolas públicas – da educação básica e superior – estão sucateadas, os trabalhadores da educação sofrem com condições precárias de trabalho, pouco incentivo á produção e inaceitável arrocho salarial e a assistência estudantil é insatisfatória para atender as demandas dos estudantes.
O Plano Nacional de Educação – Proposta da Sociedade Brasileira (1997), a partir de um diagnóstico da realidade educacional, indicou metas para a universalização do direito de todos à educação que implicavam um investimento público da ordem de 10% do PIB nacional. Naquele momento o Congresso Nacional aprovou 7%, percentual vetado pelo governo FHC - veto mantido pelo governo Lula da Silva. Hoje o Brasil aplica menos de 5% do PIB em Educação. Passados 14 anos, a proposta do governo para o PNE em debate no Congresso Nacional define a meta de 7% do PIB para a Educação em... 2020!
Não podemos aceitar o argumento de que não há recursos. O pagamento da dívida pública, as isenções fiscais para o setor empresarial, o recurso público usado para a copa e as olimpíadas, o dinheiro público que se perde na corrupção... Há verba, é preciso reverter as prioridades, garantindo o investimento público na implementação dos direitos sociais universais.
Nós, abaixo-assinados, manifestamos nosso apoio à campanha em defesa da aplicação imediata de 10% do PIB para a Educação Pública Já! E convidamos as entidades/coletivos/organizações a compor conosco o COMITÊ MUNICIPAL DA CAMPANHA “10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA, JÁ!” e a participar das próximas atividades do Comitê:
● Ato público, organizado pelo Movimento “Nas ruas Brasil”, contra a corrupção e em defesa de 10% do PIB pra educação pública JÁ!. Dia 12 de outubro (quarta-feira), concentração às 17h em frente à Prefeitura de Santarém;
● 15 de outubro (Sábado): DIA MUNDIAL DOS INDIGNADOS. Ato público por 10% do PIB pra educação, em defesa do meio ambiente e contra a corrupção. Concentração a partir das 18 horas na Praça São Sebastião.
Próxima Reunião do Comitê Municipal: dia 11/10/2011 (terça-feira) às 18h no Colégio Pedro Álvares Cabral.
Santarém, 05 de Outubro de 2011.
UES, SINTEPP, SINTSEP, ANPAE, ANEL, Movimento JUNTOS!, Diretoria Provisória do SIDUFOPA, Comissão representativa dos Técnicos da UFOPA, DCE UFOPA, CAPE UFOPA, DCE UEPA, Coletivo Rosas de Liberdade, Unidos pra lutar, Coletivo Vamos à Luta, PSOL, PSTU.