terça-feira, 30 de agosto de 2011

Ruptura do Centro Acadêmico de Biologia (CABio) da UnB com a UNE


Querida UNE:

Escrevo esta carta para deixar claro o motivo da nossa separação. Nossa relação tem se desgastado com o passar do tempo e eu não aguento mais isso. Fui paciente e tentei ouvir seus motivos, mas já não consigo tolerar suas mentiras. Com certeza vai jogar toda a culpa em mim e dizer que sou eu quem não liga pra você. Mas já parou pra pensar quantas vezes eu pedi um conselho e você não me ouviu? Quantas vezes precisei de você e foram-me negados dois minutinhos para expressar minhas angustias?

Estou de saco cheio de pedir sua atenção e ouvir você falar “que a conjuntura isso, a conjuntura aquilo...” Quem é essa tal da conjuntura? O que ela tem que eu não tenho? É essa conjuntura que está me deixando louco!! Acaso você me trocou de vez e não teve a coragem de dize-lo? Já não quero mais saber... Isso acabou!!!

Agora quem tomou a situação fui eu! Não vou mais obedecer, não vou mais esperar a sua boa-vontade para fazer aquilo que eu quero fazer. Agora sou independente! Não adianta mais choramingar e dizer que você precisa de mim, porque bem sei que isso é mentira...

E se você acha que vai me comprar com cheques, cartões de crédito ou carteirinhas estudantis, você está extremamente enganada!! Não existe nenhuma pessoa que se venda por isso... Fico extremamente chateado em ter que estar escrevendo isto, mas eu precisava me expressar, colocar pra fora tudo isto que estou sentindo. Este sentimento de traição, um sentimento de quem tem sido usado... Como é horrível.

Mas agora é assim. Até o dia em que você realmente faça algo por mim, dedique um pouco do seu tempo para me ouvir e me prove que podemos estar juntos, eu não lhe darei mais ouvidos, fingirei que você nem existe. É uma pena que tenhamos chegado a este ponto, mas foi você quem pediu. No mais, deixo aqui minha frustração e indignação.


Sinceramente
O CABio-UnB

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Estudo aponta que serão necessários R$ 108 bilhões a mais para cumprir PNE


Estudo elaborado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação aponta que seriam necessários R$ 108 bilhões a mais do que o previsto pelo Ministério da Educação (MEC) para que sejam cumpridas as metas de melhoria da qualidade do ensino no país, previstas no Plano Nacional de Educação (PNE). Enquanto o projeto de lei elaborado pelo governo federal prevê um aumento do investimento na área dos atuais 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 7% até 2020, os cálculos da entidade indicam que seria necessário estabelecer a meta de 10%.

O PNE está sendo discutido na Câmara e estabelece 20 metas educacionais que deverão ser alcançadas pelo país na próxima década. Entre elas a erradicação do analfabetismo, a inclusão de 50% das crianças de até 3 anos em creches e de 33% dos jovens de 18 a 24 anos no ensino superior. O projeto recebeu quase 3 mil emendas.

Segundo os cálculos da campanha, que reúne diversas entidades e movimentos da área, são necessários R$ 169 bilhões para atingir os padrões de qualidade determinados no PNE, contra os R$ 61 bilhões estimados pelo MEC. Os valores foram calculados a partir das ampliações de matrículas que são previstas no plano e o custo por aluno de cada etapa.


A diferença nos números existe porque a campanha utiliza valores superiores aos adotados pelo ministério para contabilizar o investimento por aluno. O parâmetro adotado pela campanha é o custo aluno qualidade inicial (CAQi). A ideia desse mecanismo é estabelecer um valor mínimo de investimento por aluno em cada etapa, levando em conta vários insumos, como a infraestrutura da escola, livro didático, capacitação de professores e outros fatores que determinam a qualidade do ensino. Enquanto para o MEC, segundo as planilhas do PNE, um aluno da creche tem custo estimado de R$ 2.252 anuais, no CAQi o investimento estimado é R$ 6.450.


“Os valores de custo aluno utilizados pelo MEC, especialmente para a educação básica, não correspondem à realidade vivenciada pelas redes públicas. Mesmo que os valores fossem compatíveis, seria equivocado projetar para os próximos dez anos gastos de custo/aluno que não conseguiram resolver o problema de qualidade da educação brasileira”, diz o estudo.


Daniel Cara, coordenador da campanha, destaca ainda que, em algumas metas, as planilhas divulgadas pelo ministério não indicam qual seria o investimento necessário. “Ou deixa de calcular ou parte de uma demanda de novas matrículas inferior à necessária”, diz. A entidade se reúne hoje com deputados da Comissão de Educação e da comissão especial que avalia o plano para pedir que a meta de financiamento indicada pelo MEC no projeto de lei do PNE seja revista. Segundo ele, a entidade prepara um novo estudo para indicar novas fontes de recursos para a educação.


“Queremos indicar quais são as alterações legais necessárias e fundos que precisam ser revigorados para alcançar os investimentos necessários. Mas, sem dúvida, uma maior participação da União nesse custeio é imprescindível porque hoje ela fica com o maior volume tributário, mas são os estados e municípios que custeiam a maior parte da educação básica”, critica.


O Ministério da Educação disse que recebe as críticas com “espírito republicano” e garante que vai acompanhar atentamente o debate que deve se estabelecer no Congresso Nacional.

Notícia retirada de: http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=4818

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A ANEL está junto de diversos setores construindo a Campanha por 10% do PIB pra educação já, a favor de conseguirmos mais investimentos para a sofrida educação pública! Por isso, somos também contra o novo Plano Nacional de Educação (PNE), que mantém a transferência de dinheiro público para o setor privado e sintetiza em 20 metas a política educacional do governo Lula. 
Como a matéria mostra, nem mesmo para a proposta do governo Dilma de PNE os 7% do PIB são suficientes!
E vamos à luta, por 10% do PIB pra educação já e contra o PNE do governo!


Fonte: http://anelceara.blogspot.com/

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Somos todos iguais? Braços dados ou não?

Por Mc Leonardo

No dia 23 de junho, eu fui participar de um debate sobre a criminalização dos movimentos sociais.

Fui atender a um chamado do comitê organizador do primeiro congresso da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livres - (ANEL). Fiquei impressionado com o número de estudantes presentes no evento (mais de 2 mil), que ficaram debatendo vários assuntos em várias mesas espalhadas por todo o campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Parabéns à galera da ANEL.

Mais impressionado ainda fiquei quando o assunto chegou à reação da sociedade no caso da prisão de 439 trabalhadores do corpo de bombeiros.
Para ler o artigo completo e outras matérias confira edição de agosto da revista Caros Amigos, já nas bancas.

Caça ao Haddad: ANEL cara a cara com o ministro

Caça ao Haddad: ANEL cara a cara com o ministro
A ANEL está iniciando uma “Caça ao Haddad”. 


Depois de abordar Lula e Haddad num evento no ABC paulista, a ANEL esteve mais uma vez cara a cara com o ministro da Educação. O Centro Acadêmico XI de agosto, do curso de direito da USP, organizou uma roda de debate com o ministro, que já foi presidente do tradicional CA.


Com seus materiais de divulgação da Campanha Nacional pelos 10% do PIB para a educação, a ANEL esteve presente para cobrar do ministro o investimento. O primeiro estudante a falar foi Daniel Iliescu, atual presidente da UNE. Como era de se esperar, começou parabenizando o ministro pelo excelente trabalho que vem cumprindo, elogiando as políticas educacionais do governo federal e por fim, depois de ressaltar que o Brasil é a 7a economia do mundo e que pode chegar a ser a 5a em pouco tempo, disse que a UNE reivindica os 10% do PIB para a educação e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação. Não mencionaram a marcha do dia 24 de agosto em Brasília, nem a que supostamente estão convocando do dia 31, ou qualquer iniciativa concreta de luta em defesa dessas bandeiras.

Clara Saraiva, da Comissão Executiva Nacional da ANEL, esteve presente com estudantes do coletivo AVANTE, que constrói a ANEL no curso, na roda de debates com o ministro. Interviu na segunda rodada, explicitando a verdadeira necessidade da educação pública brasileira: o investimento imediato de 10% do PIB para a educação. Clara explicou que a implementação do antigo PNE, que se propunha através de 295 metas resolver problemas estruturais da educação, foi um verdadeiro fracasso: 2/3 do Plano não foi cumprido. O motivo? A falta de investimento. O ano de 2011 propõe um novo PNE, e o governo Dilma não propõe nenhuma mudança no patamar de investimento, pelo contrário: prevê 7% do PIB para 2020, o mesmo que foi proposto há 10 anos atrás!

Clara anunciou que a ANEL, junto com o ANDES, o MST, a CSP Conlutas e diversas entidades estarão numa Marcha em Brasília lutando, entre outras coisas, pela ampliação de investimento na educação pública. Lembrou a luta da juventude de todo o mundo, especialmente a do Chile que luta em defesa da educação, e terminou explicitando a contradição do discurso do ministro: “Se é isso que o presidente da UNE falou, se o Brasil é hoje a 7a economia do mundo, se o ministro se orgulha tanto do crescimento econômico que vive o país, como pode o bolo crescer tanto e a fatia da educação não aumentar? O que exigimos, ministro, não é muito. É simplesmente que a educação seja prioridade, nada mais do que uma necessidade da população brasileira.”

Ao fim, entregamos o Manifesto Nacional pelos 10% do PIB ao ministro e ele disse: “Já é a terceira vez que recebo o Manifesto!”. Clara respondeu: “É bom, ministro, pra você não se esquecer”.

Agora, todos à Brasília construir uma grande Marcha Nacional que vá ato o Planalto Central gritando em alto e bom som, numa só voz: “a Educação não pode esperar! 10% do PIB já!”

domingo, 14 de agosto de 2011

Lula e Haddad são recebidos com manifesto que pede investimento de 10% do PIB na educação

Do Portal R7


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, Fernando Haddad, receberam de estudantes nesta sexta-feira (12)  um manifesto que pede investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação do país. 

Lula e o ministro visitaram hoje a 1ª Feira Literária de São Bernardo do Campo, que acontece no Pavilhão vera Cruz. Durante a visita, os políticos participaram de uma roda de leitura, onde leram trechos de livros para as crianças participantes do evento. 

Os seis manifestantes, ligados à ANEL (Assembleia Nacional dos Estudantes - Livre), levaram cartazes e conseguiram entregar a carta quando os políticos do PT se encaminhavam para a sala de imprensa. 

De acordo com a professora Bruna Sartori, de Santo André, que entregou o documento, Lula disse que a presidente Dilma vai usar o dinheiro do pré-sal para aumentar os gastos com educação. 

- Entreguei o jornal [da Anel] a Lula e ele disse que a [presidente] Dilma vai investir na educação com o dinheiro do pré-sal. Depois riu. Acho que nem ele acredita nisso. 

No manifesto, os estudantes lembram que, em 2000, o Congresso Nacional já havia aprovado o investimento de 7% na Educação, como parte do último PNE (Plano Nacional da Educação). Por isso, o texto critica a nova proposta do governo, que promete investir apenas 7% do PIB até 2020.

Manifesto do Movimento Estudantil Brasileiro de apoio a luta dos estudantes chilenos



As entidades abaixo-assinadas vêm por meio deste MANIFESTO declarar seu apoio irrestrito à luta dos estudantes chilenos, assim como um enorme repúdio à truculenta repressão realizada pelo governo de Sebastian Piñera.

A partir de maio deste ano, o movimento estudantil do Chile vem protagonizando as maiores mobilizações do país desde a época da ditadura, chegando a reunir até meio milhão de pessoas nas ruas. Sua reivindicação é a educação gratuita, num país que possui altos índices de privatização e cobrança de taxas nas universidades públicas. A cada 10 estudantes chilenos, 7 têm que estudar na rede privada, e aqueles que conseguem chegar no ensino público são reféns de altas taxas para se matricular, o que acaba por resultar num enorme número de endividados e de inadimplentes.

De acordo com pesquisas, a luta dos estudantes já conta com o apoio de cerca de 80% da população chilena. Já se incorporaram na luta pais e mães dos alunos, professores, trabalhadores da saúde, dos transportes, e também mineiros do Cobre, principal setor da economia do Chile. Ocupados na maioria dos colégios e universidades e promovendo gigantescas manifestações, os estudantes têm se utilizado de diversos métodos de luta com muita criatividade, inspirados pelas mobilizações no mundo árabe e na Europa.

Nos últimos protestos, o governo Piñera intensificou a repressão sobre o movimento estudantil. Utilizando-se de um decreto da ditadura de Pinochet, avançou as forças policiais contra os manifestantes, deixando centenas de feridos e quase mil presos políticos. Hoje, o governo vive uma grave crise política, chegando a seu pior índice de aprovação de cerca de 20% da população, mudança em 8 ministérios e muito desgaste.

O movimento estudantil brasileiro quer transmitir através desse Manifesto toda a solidariedade e força para que os estudantes e trabalhadores sigam a sua luta até o fim, além de exigir que o governo Piñera liberte imediatamente os presos políticos e pare com a repressão. A educação pública, gratuita e de qualidade é um direito de todos os chilenos, e não uma mercadoria. Estamos no Brasil comprometidos com essa luta e, por isso, damos todo o incentivo para que o movimento estudantil chileno siga e fortaleça seus protestos.

Assinam este MANIFESTO:
ANEL, DCE UFRJ, DCE UNIFAP, DCE UEM, DA FAFIL-FSA, CAPSI-UFMG
Para adesões: anelonline@gmail.com

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Depois do Congresso, ANEL constrói a Marcha à Brasília e sua V Assembléia Nacional!

Depois do Congresso, ANEL constrói a Marcha à Brasília e sua V Assembléia Nacional!
CONVOCATÓRIA PARA V ASSEMBLÉIA NACIONAL DA ANEL
Se a Educação não pode mais esperar, chegou a hora de lutar:
10% do PIB já! Não ao PNE do governo!


Em todo o Brasil, os estudantes voltam às aulas iniciando mais um semestre. E a ANEL já está em plena atividade. Com seus estudantes livres e materiais de divulgação, a entidade estará presente nas Calouradas divulgando e convidando todos a construírem a Campanha Nacional: “A Educação não pode esperar! 10% do PIB Já! Não ao PNE do governo.”

Atualmente no Brasil, apesar do crescimento econômico dos últimos anos, nosso país vive um atraso histórico no terreno da educação. Entra e sai governo e a situação é sempre a mesma: durante as eleições, será uma grande prioridade; depois, só cortes de verba e promessas não cumpridas. A realidade hoje é de índices alarmantes e uma situação muito ruim em cada local de estudo, com problemas estruturais, falta de assistência estudantil e qualidade no ensino, professores com baixos salários, turmas super lotadas e por aí vai… O antigo Plano Nacional da Educação, válido de 2001 a 2010, propôs 295 metas como a erradicação do analfabetismo, a redução na evasão escolar e a ampliação do ingresso de jovens nas universidades públicas, porém sua implementação foi um fracasso: 2/3 das metas não foram cumpridas.


A razão fundamental disso é que o governo Lula, ao longo de seus dois mandatos, não ampliou significativamente o investimento em educação. O antigo PNE propunha 7% do PIB, e o governo só chegou a menos de 5% de investimento. Era de esperar, portanto, que o governo Dilma propusesse agora um novo PNE que partisse da ampliação significativa de verbas, mas infelizmente, não foi isso o que o governo fez. Está propondo um plano que estabelece, na meta 20, novamente o investimento de 7% pra daqui há 10 anos, em 2020! Ou seja, o governo está propondo pra daqui a 10 anos o mesmo que já foi proposto há 10 atrás! Além disso, o novo PNE aprofunda uma política de transferência de verba pública para instituições privadas, através da isenção de imposto e linhas de crédito, e estabelece metas que visam baratear a longo prazo a educação. Isso só aprofundará o atraso histórico que o Brasil tem na educação.


É hora da juventude brasileira entrar em cena!

Por tudo isso, precisamos colocar a boca no trombone e protestar! Devemos nos somar à juventude de todo o mundo, como no mundo árabe e na Espanha, que está protagonizando imensas mobilizações e ir à luta por nossos direitos, começando por garantir o investimento de 10% do PIB já em educação!

Para isso, a ANEL está convocando junto com a CSP Conlutas, o ANDES-SN, o MST, o MTST e diversas entidades uma Marcha Nacional em Brasília, no dia 24 de agosto, como parte da Jornada de Lutas. Lá teremos a oportunidade de construir uma grande ala pelos “10% do PIB já!” e com muita irreverência e criatividade, fazer nossas exigências ao governo Dilma.


Além disso, na Marcha iremos denunciar os escândalos de corrupção envolvendo ministros, que já fizeram cair 3 até agora, e que tem envolvido também a construção da Copa do Mundo de 2014. Precisamos lutar para que a Copa seja do povo, com a valorização do futebol arte e da cultura popular. Há uma série de famílias sendo removidas das suas comunidades e as obras da Copa tem imposto uma condição duríssima de trabalho aos operários, que deve ser contestada por nós.
Vamos também lançar lá em Brasília o Kit anti-homofobia da ANEL, reafirmando nosso compromisso na luta contra toda a forma de preconceito, seja aos LGBTs, às mulheres e aos negros e negras. A ANEL vem protagonizando uma grande luta em defesa da criminalização da homofobia com a aprovação do PL 122, sem emendas. O Congresso da ANEL refletiu com força esse tema, e precisamos agora reivindicar ao governo que aprove o Projeto de Lei e que retome o Kit anti-homofobia como parte formação dos jovens em nosso país.


ANEL: fortalecendo um movimento estudantil livre, internacionalista e democrático!


Em julho, a ANEL esteve presente no Chile, que vive um enorme ascenso estudantil, muito radicalizado, mas também muito reprimido pelo governo. No último protesto, mais de 800 foram presos, centenas de feridos e inclusive, 3 estudantes mortos! O governo utilizou do decreto da ditadura de Pinochet para aumentar a repressão. No dia seguinte, houve um grande panelaço de apoio aos estudantes da população e o governo Piñera teve seu pior índice de popularidade: apenas 19%. A reivindicação do movimento estudantil é o fim do pagamento de taxas nas universidades públicas, uma reforma na estrutura educacional e uma ampliação do investimento em educação. Nada mais justo.
Enquanto estávamos no Chile, a UNE realizou seu 52º Congresso. Neste, como já era de se esperar, reforçou seu compromisso com o governo contando com a presença do próprio Lula e do ministro da educação, Fernando Haddad. Sem qualquer independência financeira, o Congresso foi sustentado por empresas e governos. Sem qualquer independência política, votaram um apoio irrestrito ao PNE do governo Dilma. A UNE mostrou, mais uma vez, que está perdida para a luta do movimento estudantil brasileiro.
É preciso, portanto, construir uma alternativa aos estudantes brasileiros. Em seu 1º Congresso, a ANEL saiu muito fortalecida, assim como os estudantes livres que participaram. Foram mais de 1100 delegados, e quase 2 mil de todo o Brasil, discutindo e decidindo os rumos do movimento estudantil brasileiro. Sem dúvida, a ANEL saiu consolidada como entidade representativa do movimento estudantil brasileiro.


Venha para a V Assembléia Nacional da ANEL!
Começado o semestre, a ANEL convida todos os estudantes a participarem de sua V Assembléia Nacional, para dar prosseguimento à implementação das resoluções aprovadas em seu Congresso. Será em seguida à grande manifestação em Brasília, no dia 25 de agosto. Convidamos aqueles que já constroem a ANEL, os novos calouros e estudantes que queiram fazer uma primeira experiência com a entidade, e inclusive os companheiros da esquerda da UNE, que devem estar unidos conosco na luta independente do movimento estudantil!
Para participar, basta discutir em sua entidade ou coletivo os debates que serão feitos na Assembléia Nacional, e decidir representantes que serão delegados do curso ou escola. Isso é fundamental para garantir a construção de uma entidade democrática, onde quem decide os seus rumos é a base dos estudantes!


A ANEL chama todo o movimento estudantil brasileiro a ir a Brasília lutar por 10% do PIB pra educação e fortalecer uma entidade livre e democrática na V Assembléia Nacional!

SAIBA COMO TIRAR DELEGADOS

Segue abaixo o funcionamento da Assembléia Nacional da ANEL e como deve ser a eleição dos delegados como indica a Resolução de Concepção de Entidade e Direção aprovada no 1º Congresso da ANEL, no dia 26 de junho de 2011.

Pontos 5 e 6 da Resolução de Concepção de Entidade e Direção

5) A ANEL funciona a partir das Assembléias Nacional e Estaduais. Quem vota nas Assembléias Nacionais são delegados eleitos em entidades de base (DAs e grêmios) que elegem 2, entidades gerais (DCEs e Executivas) que elegem 3 e oposições que elegem 1 delegado. Dessa forma, a ANEL fica vinculada diretamente e sob controle da base que representa.

As Assembléias Estaduais possuem autonomia para definir os critérios de votação (voto presencial ou por delegação), bem como a quantidade de delegados que irão representar as entidades e as oposições.


A Assembléia Nacional deve funcionar pelo menos 1 vez por semestre, e eleger uma Comissão Executiva Nacional que se reúne presencialmente a cada 2 meses, e nos intervalos, virtualmente. As Assembléias Estaduais devem funcionar ao menos 1 vez por semestre e eleger a Comissão Executiva Estadual. As executivas devem funcionar através de Grupos de Trabalho e divisão de tarefas, como comunicação, finanças, combate às opressões, etc.


6) A Assembléia Nacional da ANEL, que se reúne semestralmente e é composta pelos delegados eleitos pelas entidades de base, é o fórum máximo de deliberação da entidade no período entre um congresso e o próximo. Para executar as tarefas definidas pela Assembléia Nacional será eleita uma Comissão Executiva Nacional (CEN) de estudantes. Esta Comissão estará subordinada a Assembléia Nacional, sendo seus membros eleitos por esta e podendo ter seus mandatos revogados pela decisão dos delegados da Assembléia Nacional da ANEL, permitindo um controle das entidades de base e dos estudantes que constroem a ANEL no dia-a-dia sobre a Comissão Executiva Nacional da ANEL.